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quinta-feira, 30 de setembro de 2010


 Um dos moradores mais antigos da Restinga de Márica. Nos deu toda a atenção, contando suas histórias e poesias de sua própria autoria. Ele temia em ter que perder a Restinga, e se sentia triste por ve-lâ acabando dessa forma.

Restinga de Márica.

Moradores de Maricá querem parque em área ameaçada

  Cerca de 70 pessoas, entre pesquisadores, moradores e pescadores, reuniram-se no dia 11 em uma colônia de pescadores na restinga de Maricá, Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, para traçar estratégias que impeçam o avanço da especulação imobiliária na área.

  As famílias de pescadores da região e a comunidade, em geral, defendem a criação de um parque na região, transformando a restinga, que é área de preservação ambiental (APA), em unidade de conservação. Segundo eles, isso pode ser feito pela administração municipal ou pelo governo estadual.
  De acordo com o Movimento Pró-Restinga, que organizou o encontro, como a restinga é uma APA, é permitida a instalação de certos empreendimentos, como um resort (estação turística ou hotel com diferentes opções de lazer, geralmente situado fora dos centros urbanos).
  De acordo com uma das coordenadoras do movimento, Desirée Guichard, circula na cidade e em jornais internacionais um projeto para a construção de um condomínio no local, com capacidade para cerca de 100 mil pessoas, incluindo quadras de esportes e marina para mil barcos, entre outros.
  A Associação de Pescadores de Zacarias, localizada em uma área no entorno da laguna de Maricá, diz que o empreendimento é uma ameaça à fauna e à flora, colocando em risco as áreas de brejo, usadas para reprodução de várias espécies. “A restinga é nosso patrimônio. Não podemos aceitar que abram nenhum canal da lagoa para o mar, prejudicando os peixes, aumentando a poluição e o movimento. Se acabarem com os animais, como é que vamos ficar?”
  Na reunião, os pesquisadores também chamam a atenção para a biodiversidade que ainda não foi estudada e para os animais em risco de extinção como uma espécie de borboleta e lagartos. Eles lembram ainda que a restinga compreende lagoas, sítios arqueológicos e comunidades tradicionais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

SOS Restinga de Maricá.

   A área de Proteção Ambiental de Maricá está abandonada. Queimadas, lixo e até carros abandonados ameaçam a vegetação.


    A Área de Proteção Ambiental fica entre o mar e a lagoa. É um paraíso para os pescadores. Tem dunas de areia que lembram as do Nordeste. Mas os moradores denunciam: a natureza ali está ameaçada.
   O que tem acontecido são pessoas jogando lixo, entulhos, queimadas criminosas, que passam para a vegetação.
   A Restinga de Marica também é conhecida por suas plantas medicinais. Boa parte da vegetação dali é formada por ervas que abasteciam o hospital da cidade. Isto porque muitas espécies estão em extinção. O abajeru, por exemplo, só é encontrado na beira da estrada.
   A importância das plantas é para o tratamento da diabetes, porque ela é um hipogliximiante natural. E assim como o abajeru, a carqueja e a carobinha também estão em extinção na restinga. Então, quero pedir um SOS para a Restinga, para a gente conseguir salvar o que resta lá das plantas medicinais. As soluções para a restinga não podem demorar.
   "A restinga é uma vegetação, é um ecossistema que agüenta o sol forte, agüenta a aridez, mas é um ecossistema frágil. Se você começar a degradá-lo, ele não vai conseguir se recompor facilmente em curto período".

Plantas da Restiga de Márica- RJ.



Vegetação

Vegetação: A região possui florestas do tipo tropical de altitude, restinga, planícies costeiras.
Relevo: Predomínio de planície costeira, limitada pela Serra do Mar e pela longa restinga que se estende no sentido leste/oeste.

A caminho da Restinga de Márica com a professora Renata.

Um de nossos guias na Restinga de Márica!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


    O ecossistema da restinga, o sistema lagunar, os sítios arqueológicos e as comunidades pesqueiras do entorno da laguna de Maricá ( estado do Rio de Janeiro) estão ameaçados de degradação e da extinção diante da implantação de um mega empreendimento imobiliário e turístico luso-espanhol que compreende prédios de apartamentos, hotéis, campos de golfe, centro comercial, condomínios, marina para 1000 barcos, canal cortando a restinga e dragagem do sistema lagunar. A área ameaçada é uma Unidade de Conservação da Natureza estadual do tipo APA – Área de Proteção Ambiental. Compõe, também, o sistema da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica como Área Núcleo, ou seja, que deveria ser preservada integralmente. Mesmo sendo uma área de reserva ambiental, a previsão é que de 45 mil a 100 mil habitantes ocupem este local com a instalação ilegal do empreendimento.
   O Plano de manejo e o respectivo zoneamento, vigentes desde dezembro de 2007, foram elaborados pelo governo estadual sem a implantação de Conselho Gestor, sendo contrários aos dispositivos expressos nas Constituições Federal e Estadual e outras bases legais e normas ambientais; A restinga de Maricá é a mais pesquisada no Brasil pelas universidades, como UFRJ, UFRRJ-Rural, UFF e UERJ. A produção científica conta com mais de trezentos trabalhos em várias áreas do conhecimento.
  Nesse ambiente de extrema fragilidade são encontradas aves migratórias, espécies da flora e da fauna ameaçadas de extinção, sendo várias endêmicas, além de ser um local de proteção da costa contra a ação erosiva do mar. Abriga sítios arqueológicos e históricos e a COMUNIDADE PESQUEIRA CENTENÁRIA de ZACARIAS, consistindo num patrimônio ambiental, cultural, arqueológico e científico do estado do Rio de Janeiro!

 "Vamos defender o nosso patrimônio, apoiando a criação de uma nova Unidade de Conservação da Natureza: o Parque da Restinga de Maricá - RJ."